A Móveis Cimo S/A foi uma fábrica de móveis que iniciou suas atividades no ano de 1913, no município de Rio Negrinho, Santa Catarina, e faliu em 1982, quando sua matriz estava localizada em Curitiba, Paraná. Seus fundadores foram Willy Jung e Jorge Zipperer.

Os fundadores Jorge Zipperer e Willy Jung abriram uma casa de comércio em 1912, na vila de São Bento, atual São Bento do Sul. Logo em seguida adquiriram um terreno de Serapião Ferreira de Lima, em Rio Salto, uma área de 111 alqueires, construindo ali uma serraria e tendo anexo uma fábrica de caixas.

A Estrada Dona Francisca já atravessava o distrito de Rio Negrinho desde de 1880. Em 1913, chegou a ferrovia, um ramal da Estrada de Ferro São Paulo Rio Grande (EFSPRG) sendo construída uma estação no local do futuro município de Rio Negrinho.

No ano de 1918, a Jung & Cia comprou de José Brey 625.000 m² de terras para centralizar suas atividades, ficando entre a estação ferroviária e a Estrada Dona Francisca. É sobre essa área que se formou o núcleo urbano do município de Rio Negrinho.

 

Fabricação de Móveis

Como os negócios com madeira estavam desfavoráveis, Jorge Zipperer, em viagem a São Paulo encontra seu irmão Martin, que administrava uma fábrica de móveis chamada McDonald’s. Martin Zipperer havia cursado marcenaria no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Antes havia trabalhado em indústrias moveleiras, onde aprendera a profissão.

Dali decidiram abrir uma fábrica de móveis em Rio Negrinho, para contornar a má fase que passava o comercio de madeira bruta. Em outubro de 1921, Martin se desligou da firma de São Paulo e se transferiu para o sul, quando começaram a montar uma fábrica de cadeiras em Rio Negrinho. Em dezembro do mesmo ano receberam o primeiro grande pedido.

Após muitos contratempos e troca de sócios, as vendas da empresa evoluíram bem. Finalmente a fabricação de móveis entrou num ritmo bom, graças à boa qualidade e o design inovador dos produtos. Em 1924, venderam aproximadamente 60 mil cadeiras e poltronas de cinema. Os negócios de caixas e de madeira serrada para construção civil também se desenvolveu favoravelmente.

Jorge Zipperer faleceu em 31 de janeiro de 1944, com 65 anos. Pressionada pelas contingências comerciais, a empresa deu um passo muito ousado e aceitou a incorporação num conglomerado único, composto por uma vasta gama de empresas ligadas ao seu corpo de representantes, que teoricamente apresentavam interesses comerciais afins.

Essa corporação de sete fábricas de móveis acabaram por formar a Cia. Industrial de Móveis S/A, cujo acrônimo passou a ser o nome conhecido doravante – CIMO, CIMO S/A ou Móveis Cimo. Em 1954 a empresa passou a se chamar oficialmente Móveis Cimo S/A.

A empresa caminhou então para se tornar a maior fábrica de móveis da América Latina, embora com uma administração altamente descentralizada. Tinha fábricas em Rio Negrinho, Curitiba, Joinville e no Rio de Janeiro, onde fixaram sua sede, logo transferida para Curitiba.

 

Decadência e fechamento

No final da década de 1960, se instalaram no Brasil duas grandes plantas para a produção de painéis de fibra de madeira aglomerada. Essa matéria prima deslocou o eixo da produção de móveis e criou uma concorrência muito competitiva aos produtos fabricados pela Cimo. Como esta mantivesse sua produção verticalizada pelo uso da madeira maciça e compensada, sem movimento para se adaptar ao uso do aglomerado, começaram a experimentar dificuldades com os concorrentes, que usavam a nova variante tecnológica e produtiva.

No início da década de 1970, já se manifestavam sintomas de grave crise administrativa e financeira na empresa. No final de1978, com a situação piorando irremediavelmente, o controle acionário  passa para o grupo Lutfalla,  que detinha 62% do capital, mas sem interesse real em reerguer a empresa, acabou por abandoná-la. Em fevereiro de 1982, após 79 anos de história, é decretada a falência da Móveis Cimo S/A.

 

Fonte: Wikipédia

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